quarta-feira, 18 de maio de 2011

O BANCO FEIO

Não era um monstro verde, nem um lobo mau, nem uma velha bruxa, nem bonecos de cera, nem olhares maldosos, nem ameaças, nem uma perda, nem uma briga, nem o mar te levando embora, nem uma noite gelada sem ninguém para amar, nem o bicho papão, nem sangue, nem um filme de terror, nem lágrimas de mãe, nem um tiro, nem a solidão.
Pior, era um banco feio, com uma divisória bem no meio, que partiu meu coração em dois, pois se não partisse, ele não poderia se deitar.

2 comentários:

  1. Ah, gatinha, relaxa, que ainda faremos a revolution pra tirar aquela divisória RIDÍCULA !
    Deixa ele dormiiiiir, Pô !

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  2. Ananda

    Meu comentário final sobre seu blog é que ele é muito bom, mesmo.
    Você consegue expressar, com clareza e precisão, suas impressões (bastante sensíveis, aliás) sobre a vida. E isso não é pouca coisa.
    Você maneja bem os adjetivos e as imagens, então tudo fica bacana.

    Parabéns

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